segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Segurança aérea na Namíbia é "preocupante"

Segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM), existem apenas 22 controladores de tráfego aéreo, quando em circunstâncias normais, um país como a Namíbia, deveria ter no mínimo 60 controladores.

A Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo da Namíbia (NAMATCA) advertiu que se não forem tomadas medidas drásticas num futuro próximo, o país deve preparar-se para um grande desastre aéreo, noticiou o jornal moçambicano Notícias.

Esta advertência surge numa altura em que os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) procuram melhorar a sua imagem, como parte dos preparativos para acolher o “Mundial” de Futebol, a ter lugar na África do Sul em 2010.

Actualmente, o sector da aviação da Namíbia debate-se com a falta de pessoal qualificado, de cursos de reciclagem para os controladores aéreos, de alocação efectiva de recursos financeiros, humanos e de equipamento.

Segundo a NAMATCA, uma das áreas críticas que precisa de uma abordagem urgente é a formação e retenção de controladores de tráfego aéreo.

Segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM), existem apenas 22 controladores de tráfego aéreo, quando em circunstâncias normais, um país como a Namíbia, deveria ter no mínimo 60 controladores.

Os controladores de tráfego aéreo desempenham um papel importante na aviação, destacando-se a prevenção de colisões entre aeronaves em pleno voo e a indicação das rotas dos aviões nas áreas com obstáculos e a facilitação e segurança do tráfego aéreo.

Além disso, o sector carece de sistemas de controlo adequados, tais como radares.

“O sector de Aviação da Namíbia precisa urgentemente de um Sistema de Radares. A legislação internacional determina que o Governo é responsável pelo espaço aéreo, e os radares evitam embaraços e congestionamentos de tráfego”, disse o Presidente da NAMATCA, Harold Hange.

A associação diz que o novo radar que o Governo namibiano tenciona adquirir é um protótipo que será usado como guia, não necessariamente para o controlo de aeronaves.

Por isso, “queremos sistemas compatíveis e não protótipos”, disse o Secretário-Geral da NAMATCA, George Matroos.

O chefe das operações da Agência de Aviação Civil de África (AFRO-ACCA), capitão Harry Eggerschwiler, também advertiu que se a Namíbia continuar a operar nestas circunstâncias poderá pagar um preço muito elevado no futuro.

“Estou muito preocupado com o sector de aviação na Namíbia. Se não tivermos cuidado, haverá um grave acidente. Temos de fazer algo, pois a nossa segurança está em declínio”, disse Eggerschwiler, que falava no início da semana numa conferência de Imprensa, convocada pela NAMATCA.

Fonte: África 21 Digital

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