terça-feira, 9 de setembro de 2008

Vasp está sem voar há mais de três anos: saiba mais sobre a empresa

Vasp iniciou suas operações há mais de 70 anos.

Desde 1990, a companhia estava sob gestão privada.

A Viação Aérea São Paulo (Vasp) está no mercado há mais de 70 anos. Com problemas financeiros, a companhia deixou de voar há mais de três anos e meio, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.

Em 2006, foi dado início ao processo de recuperação judicial da empresa. O objetivo era que a empresa vendesse parte de seus ativos e voltasse a operar - entretanto, segundo o gestor da Vasp, Roberto de Castro, algumas liminares impediram que isso fosse feito. Como o processo de recuperação não foi adiante, credores pediram a falência da companhia, cujo decreto foi anunciado nesta segunda-feira (8) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Pátio de aeronaves da Vasp

Sete décadas

Fundada em 1933, a empresa logo enfrentou dificuldades financeiras e logo precisou ser resgatada pelo estado de São Paulo. A partir de 1935, passou a receber dinheiro estatal todos os anos para operar, dando início a uma linha aérea regular entre a capital paulista e o Rio de Janeiro no ano seguinte. Entre 1937 e 1940, a companhia também iniciaria vôos para Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

Nos anos 80, a empresa enfrentava novas dificuldades financeiras. Em 1989, de acordo com o site da companhia, a Vasp registrou prejuízo de US$ 51 milhões. Anos antes, em 1982, a Vasp registrou o pior acidente aéreo do país até então, quando um vôo com destino a Fortaleza se chocou contra a Serra da Aratanha, no Ceará. Todos os 137 ocupantes do Boeing morreram.

Em 1990, a empresa recebeu aporte de US$ 50 milhões em preparação a um processo de privatização que aconteceu em outubro do mesmo ano. O Grupo Canhedo pagou US$ 44 milhões por 60% das ações ordinárias da Vasp. Nos anos 90, sob gestão privada, a empresa perdeu participação no mercado nacional, fator que se agravou com a entrada da Gol no mercado, no início dos anos 2000.

Fonte: G1 - Foto: Monalisa Lins (Agência Estado)

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